1 ª A/B Sociologia

Olá alunos espero que vocês estejam bem e respeitando esse momento que estamos vivendo ficando dentro de casa. Até que tudo volte ao normal iremos nós encontrar por aqui.
"Desistir nunca. O caminho é longo, mas a vitória é certa."

Sociologia é, grosso modo, a ciência que estuda a sociedade. Com o auxílio da
economia, da ciência política, da antropologia e da psicologia, a
sociologia busca compreender, de maneira estritamente científica, como os
agrupamentos sociais humanos desenvolveram-se e como é possível intervir
nesse desenvolvimento. Assim, diversas outras áreas do conhecimento utilizam
dos conhecimentos sociológicos para promoverem ações que estejam diretamente
ligadas à intervenção nas sociedades.
Leia também: Estado laico: o tipo de Estado que prevê uma liberdade
religiosa.

Surgimento da sociologia

A diversidade de culturas, opiniões e etnias enriquece o trabalho sociológico, que
tenta estabelecer uma teoria que se encaixe em processos diferentes.
No início do século XIX, o filósofo francês Auguste Comte formulou
o positivismo, uma doutrina filosófica que visa o progresso social por meio da
ordem social, do progresso científico e da disciplina individual. O pilar
do positivismo é a lei dos três estados, que reconhecia na humanidade a
insurgência de três distintos estágios de desenvolvimento: o estado teológico, o
estado metafísico e o estado positivo.
No primeiro estado, as explicações acerca da natureza baseavam-se
em especulações de cunho religioso baseadas em divindades e seres
sobrenaturais, porque o ser humano, na verdade, não conseguia explicar os
fenômenos naturais. No segundo estado, o ser humano havia evoluído
intelectualmente e criado a filosofia como maneira de promover uma especulação
racional acerca do ordenamento do mundo, mas ainda não era capaz de criar e
utilizar a ciência para promover tais explicações.
O terceiro e mais avançado estado deu-se com o desenvolvimento da ciência. A
partir de então, houve o reconhecimento de que as explicações sobre a natureza
encontram-se na própria natureza e de que a organização natural do mundo
requer um processo de observação e desbravamento do mundo para uma
posterior elaboração de teorias.
Para Comte, esse último estágio era o que o século XIX vivia, mas, para completá-
lo, era necessário o desenvolvimento de uma nova ciência capaz de estudar a
sociedade por meio dos mesmos mecanismos que as ciências da natureza
usavam em relação à natureza.
A sociedade europeia vivia os reflexos de duas grandes revoluções e de
mudanças sociais que aconteciam desde o Renascimento. Em primeiro lugar, a
burguesia começou a fortalecer-se, junto ao nascente capitalismo, durante o
período renascentista, pois a ampliação do comércio proporcionada

pelo capitalismo mercantilista (aquele baseado na ampliação do comércio
ultramarino e na busca por uma maior quantidade de exportação e importação de
itens, como seda, ouro e especiarias) permitiu aos burgueses uma grande
ascensão econômica.
O crescimento da burguesia e o surgimento do capitalismo no século XV
levaram os europeus a procurarem novas rotas comerciais, o que fez os espanhóis
e os portugueses atracar seus navios em um novo continente, até então
desconhecido pelos europeus, asiáticos e africanos: a América.
O contato com povos diferentes fez com que os exploradores europeus
desenvolvessem os primeiros estudos sobre a cultura e o desenvolvimento das
sociedades que eles chamavam preconceituosamente de “primitivas”. Surgem aí
os primeiros escritos que, de maneira etnocêntrica, estavam classificando e
ordenando as pessoas de etnias diferentes. Essas são as primeiras bases para o
desenvolvimento de uma área dos estudos sociais que fará parte da sociologia:
a antropologia.
O contexto europeu do século XIX era de caos e instabilidade social, devido a
mudanças sociais ocorridas pela Revolução Francesa e pela Revolução
Industrial. Esta marcou o início de uma nova fase do capitalismo, o capitalismo
industrial. A produção em massa das indústrias, comandadas pela burguesia, que
havia enriquecido com o comércio, agitou os grandes centros urbanos,
primeiramente situados na Inglaterra, como Londres. Houve, por conta disso, um
intenso e repentino êxodo rural, o que ocasionou desemprego (pois não havia
trabalho disponível para todo mundo) e suas conseqüências: violência, miséria,
epidemias e instabilidade social. Já aquela deixou a França em um longo
período de instabilidade política desde o fim do século XVIII.
Esses fatores fizeram com que Auguste Comte apostasse na criação de uma nova
ciência como maneira de entender e reorganizar a sociedade. Essa ciência foi
chamada primeira de física social, mais tarde, o próprio Augusto Comte batizou-a
de sociologia, o que fez com que ficasse conhecido como o “pai da sociologia”.
Apesar de ter formulado a ideia inicial dessa área, Comte não criou um método
próprio para a sociologia e nem desenvolveu estudos estritamente científicos no
ramo, o que fez com que o filósofo, escritor e psicólogo francês Émile
Durkheim criticasse a sua obra e dedicasse-se a tornar a sociologia uma ciência.
Durkheim cria um método baseado na análise dos fatos sociais, que são,
segundo o pensador, estruturas que tendem a repetir-se em todas as sociedades e
garantem ao sociólogo um trabalho mais cientificamente preciso. Durkheim
também introduziu a sociologia como disciplina de estudo no Ensino Superior. Pela
formulação do método e por seu trabalho de pesquisa sociológico, o pensador
francês é considerado o primeiro sociólogo.

Émile Durkheim, o primeiro sociólogo.

Além de Durkheim, Karl Marx e Max Weber também criaram importantes métodos
para a análise sociológica. Segundo Marx, para entender a sociedade, é
necessário reconhecer as estruturas de dominação das classes sociais e atentar-
se para a produção material que cada sociedade legou. Tal constatação culminou
no método chamado “materialismo histórico dialético”.
Para Weber, o sociólogo deveria observar o comportamento individual de cada
pessoa e compará-lo a modelos, construído pela sociologia, chamados de “tipos
ideais”, fazendo surgir o método baseado na ação social. Durkheim, Weber e
Marx são os três pensadores da sociologia clássica por formularem as primeiras
teorias sociológicas bem fundamentadas.
Veja também: Democracia: o poder político nas mãos da população
A finalidade da sociologia
A sociologia, enquanto ciência tem como finalidade entender as estruturas
sociais e fornecer ferramentas teóricas para que haja alguma
modificação nessa estruturação. O trabalho da sociologia, nesse sentido, consiste
em identificar, classificar e analisar as estruturas sociais em geral, com o auxílio de
outras ciências sociais, como a antropologia, a fim de fornecer ferramentas para
diversas ciências de diversas áreas (como a psicologia, o direito, as comunicações
sociais, as teorias administrativas, a medicina etc.).
Objeto de estudo da sociologia
O trabalho do sociólogo consiste em analisar a sociedade em sua organização
geral. Como os laços sociais acontecem e permanecem e como ocorre a interação
social, a influência de elementos como o capitalismo, a globalização, o consumo
nas sociedades, as guerras e a produção é tema recorrente de análise
sociológica. Enquanto a sociologia foca no todo dessas relações sociais, ela
também se utiliza de outras ciências para fazer recortes mais precisos dos
elementos de uma sociedade.
A psicologia fornece uma ferramenta de análise dos indivíduos para a
compreensão dos seus papéis individuais no todo e para fim de comparação entre
a ação de um indivíduo sozinho e de um indivíduo inserido na sociedade.
A economia e a ciência política fornecem estudos sobre as estruturas
econômicas e políticas das sociedades, que consistem em importantes elementos
para entender-se o todo da organização social.
A antropologia, por sua vez, fornece um estudo mais acurado sobre o ser
humano por meio do entendimento de suas origens e de suas diversas culturas,
que podem ocasionar vários processos de desenvolvimento social diferentes.
Relação entre sociologia e filosofia
Apesar de o senso comum pensar a sociologia e a filosofia como áreas idênticas
ou, ao menos, bastante parecidas, elas são completamente diferentes entre si.
A filosofia surgiu no século VI a.C. e consiste num exercício do pensamento sobre
si mesmo e sobre as coisas do mundo. A filosofia, nesse sentido, não é
considerada uma ciência, por não partir de um método preciso de análise de um
objeto em si com uma finalidade específica que está fora de si mesma.
A atividade do filósofo é contemplar o pensamento e o conhecimento para
que este se desenvolva, o que difere a atividade filosófica da atividade sociológica.
O sociólogo pode, muitas vezes, colher elementos na filosofia para aprimorar a sua
análise. A filosofia pode fazer uma problematizarão crítica da sociologia ou com
base em teorias sociológicas, mas as duas áreas, que muitas vezes completam-
se, são diferentes.

Atividade

Pesquisar os principais pensadores da sociologia e qual sua contribuição
para a sociedade.
Émile Durkheim.
Karl Marx.
Max Weber.
Auguste Comte.

Verifique as outras aulas: https://classroom.google.com/w/NjU4Nzg3MzYyNDda/t/all

Comentários

  1. Olá, Grazziela. Deixe o código de turma para os alunos poderem acessar, por gentileza.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

7 ª A/B A Formação do Território Brasileiro/ Geografia

8 ª A/B Geografia - Influência da globalização e dos Estados Unidos da América no cenário internacional.

6 ano B - Geografia - O espaço geográfico.